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23 de ago. de 2012

Resenha de "A ERA DO CAPITAL" - Cap. 1 a 5

HOBSBAWM, E. A Era do Capital (1848-1875). Paz e Terra, RJ, 1977, Cap 1 a 5



Os textos abordam o período conhecido como Era do Ouro do crescimento capitalista, correspondente às décadas de 1850 e início de 1870, conforme periodização adotada pelo autor, e retrata o fenômeno da Revolução Industrial, marcado por uma inflexão da ordem econômica mundial pós Revoluções Socialistas de 1848 na Europa. Vitoriosas em objetivos, porém brevemente abafadas, elas retrataram o levante da classe trabalhadora, composta de artesãos, pequenos comerciantes e agricultores, contra o regime Absolutista proeminente e que vinha de duas décadas de crises sociais. O destaque vai ao Manifesto Comunista de Marx e Engels, distribuído em diversos idiomas pelo continente e que disseminaram aos trabalhadores de diversas regiões – França, Confederação Alemã, Império Austríaco, Hungria, Itália – a consciência de si enquanto classe no panorama político global.

O ideal comunista perde força com a expansão da corrente do comércio internacional na década de 1950, que foi impulsionada pela economia inglesa de artefatos têxteis. Além de impulsionar o fluxo migratório mundial e levar à diminuição das taxas de desemprego em todo o continente, a economia inglesa também levou ao estímulo das economias periféricas mundiais exportadoras de matérias primas, notadamente o algodão.

Coube às descobertas tecnológicas a responsabilidade pelo acentuado aumento do volume e valor das trocas internacionais no período, uma vez que tenham sido de suma importância para o progresso no tempo das viagens longas de pessoas e mercadorias, a contar da estrutura férrea financiada na Europa e nos EUA pelo capital privado e na qual operavam as máquinas a vapor. Tão importante foi a descoberta do telégrafo, que possibilitou o extraordinário aumento da velocidade das comunicações mundiais, além das descobertas química e elétrica.

Em suma, o mundo todo passava a fazer parte desse novo sistema, o capitalista, marcado por acentuado liberalismo econômico do capital privado e da livre iniciativa, e por forte espírito nacionalista e concorrencial entre as nações, o que levou à ocorrência de guerras civis que deixaram milhares de mortos e também ao surgimento dos Estados-nações, como o italiano e o alemão, este último que já alcançava o potencial de força a vapor inglesa ao final dos anos 1970.

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