Abas/ guias

2 de nov. de 2010

A revolução digital não é nenhum modismo

O mundo virou virtual e por isso as ferramentas de comunicação online precisam ser exploradas ao máximo. Essas foram as principais idéias exploradas no curso de Acesso a Mercados promovido pela Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (ABETA), promovido em outubro de 2010 em São José dos Campos (SP).

A internet vem se tornando o principal canal de produção e consumo de conteúdo na atualidade. A quantidade de informações geradas a cada instante na rede é praticamente incalculável. Existem milhares de mídias sociais de fácil manejo e disponíveis gratuitamente na rede, como MSN, skype, google talk, orkut, facebook – este que já contabiliza mais de 500 milhões de usuários no mundo –, youtube, flicker, além de outros recursos como google analytics e adwords. Somente os blogs atualizados diariamente já somam aproximadamente 2,6 milhões em todo o mundo neste momento sendo o Brasil o quarto país com mais blogueiros.

Os números impressionam e provam que as mídias sociais não são um mero modismo, mas sim um novo meio de fazer negócios customizados, trocar dados e informações e até mesmo de se relacionar com todo o mundo. A sociedade passa agora por uma transição tecnológica sem precedentes e o rápido e constante aperfeiçoamento dessas mídias traça uma nova trajetória levando àquele que parece ser o fenômeno da revolução digital.

Além da produção de conteúdo em si, a internet é a cada momento o canal de consumo mais utilizado por compradores no planeta, que fazem da rede o principal mercado existente para a negociação, em maior ou menor grau, de toda e qualquer mercadoria ou serviço existente. Essas mídias de comunicação oferecem, por sua vez, o melhor custo-benefício para a realização de estratégias de posicionamento de uma empresa no mercado. Além do fácil entendimento e domínio público, estas ferramentas são poderosas técnicas de marketing e vendas atingindo alcance mundial, 24hs por dia.

Por meio da rede é possível realizar, pelo lado da oferta, a segmentação do público de um mercado, a promoção da imagem de uma empresa, a coleta de dados para análise de informações estratégicas, além da criação de um banco de dados que permita a realização de ações de comercialização dirigidas, envolvendo desde malas-diretas e e-mails marketing, até mesmo outros mimos e sofisticações que auxiliem a persuasão pelo consumo de uma dada mercadoria.

Não é mais apenas o site de uma empresa a sua única e principal vitrine, mas também as ferramentas de comunicação da web, que tanto permitem sua administração sem a interferência de um webmaster, mas, sobretudo, a interatividade junto ao consumidor cada vez mais criterioso, além da ampla disponibilidade a baixo custo.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dobraram em 05 anos o número de pessoas com acesso a internet no Brasil atingindo 56 milhões de usuários. Com acesso ilimitado à rede, pelo lado da demanda, esse contingente de internautas tem dado cada vez mais preferência por realizar suas compras pelos canais de e-commerce, ferramenta de vendas que os sites disponibilizam na internet, que lhes permite mais facilidade, variedade, agilidade e conforto para suas decisões e experiências de compra.

Não se trata mais de "se", mas sim do "como" as empresas e a sociedade participarão das mídias sociais. De fato elas não são apenas mais uma moda passageira, porém, o mais eficiente canal de relacionamentos existente à sociedade na atualidade. É por meio delas, afinal, que se podem criar comunidades e influenciar as decisões de compra dos consumidores. Quem se negar a utilizá-las deverá não só ficar de fora dos acontecimentos mais dinâmicos do planeta, mas, sobretudo do novo ambiente mercadológico criado com o advento da revolução digital.

4 comentários:

  1. A evolução da internet e de seu incomensurável pacote de serviços sem dúvida não parece algo que finalizará em médio prazo. Todavia, alguns desafios neste campo ainda precisam ser superados.

    O primeiro deles, é a necessidade ou não de uma regulamentação sobre as atividades nomundo virtual, tanto para garantir a sanidade moral do usuário, quanto para estabelecer normas de caráter comercial.

    O segundo, mas não último dos desafios, é o potencial de substituição de mercados reais por virtuais. Pos exemplo, o conhecido problema em que as gravadoras de música enfrentam devido ao fácil acesso à música de cantores em curto espaço de tempo.

    Enfim, outros tópícos são interessantes a ser debatido.

    Passei aqui para visualizar o seu trabalho, parabéns e poste com frequência também. Obrigado pela visita e pelo comentário.


    Sucessos

    ResponderExcluir
  2. Oi Daniel,

    É uma satisfgação enorme receber a sua visita ao Ideia Econômica, sobretudo por conta do seu questionamento e discórdias, o que faz com que o trabalho possa ser cada vez mais aprimorado.

    Sei que tramita no Congresso um projeto de lei para controle de certos conteúdos na internet, o que sem qualquer sombra de dúvida é necessário para a própria seguridade social, sobretudo para crimes de pedofilia.

    Nada, contudo, que vá em direção à proteção comercial de certos produtos, como você destaca. Prova de que as ferramentas, por mais vastas que sejam, apresentam limitações carecendo de aperfeiçoamento contínuo.

    Seja sempre bem vindo e obrigado pelo incentivo.

    Um abraço.

    ResponderExcluir
  3. Ótimo post!
    Com certeza quem não guardar parte do seu investimento em marketing para o mundo digital vai ficar ultrapassado e deixar de explorar uma grande oportunidade. Grandes empresas já estão fazendo isso, as pequenas ainda tem que aprender. Há espaço para todos, basta ter estratégia.

    Dez Real

    ResponderExcluir
  4. Vinicius,

    Não sei se já olhou a matéria da Veja deste ano chamada "Agora a liquidação é em casa", abordando o fenômeno dos sites de compra coletiva. A matéria traz número e dados interessantes, projetando para o Brasil a existência de 2000 sites deste tipo e mais de 20 milhões de pessoas cadastradas até dezembro de 2011.

    Um abraço

    ResponderExcluir