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4 de out. de 2012

Resenha de "O MOVIMENTO DA INDUSTRIALIZAÇÃO NAS ECONOMIAS CAPITALISTAS CENTRAIS NO PÓS-GUERRA" - Cáp. II


TEIXEIRA, A. O movimento da Industrialização nas Economias Capitalistas Centrais no Pós-Guerra. RJ, IEI/UFRJ, Texto para discussão, no. 25, 1983. Cap II


O destino da ordem econômica capitalista internacional transformou-se com o fim da segunda Guerra Mundial (1939-1945) e a relação das suas forças hegemônica nacionais no plano mundial foi substancialmente modificada. Nesse texto de Aloísio Teixeira, o autor apresenta as alterações sofridas nas estruturas produtivas industriais e na corrente de comércio internacional, ao demonstrar os principais progressos tecnológicos em curso nas economias capitalistas centrais; a evolução do cenário macroeconômico mundial, com correspondência ao comportamento das variáveis endógenas que levaram à evolução da renda nacional de cada uma dessas economias e; as etapas em que todas essas mudanças ocorreram: entre o imediato pós-guerra e o ano 1949 (recuperação), de 1950 a 1969 (aceleração) e daí à crise do petróleo, em 1973 (desaceleração).

Dos acontecimentos desse período, o autor destaca o processo de disseminação e padronização da base tecnológica norte-americana às economias selecionadas, sobretudo nas mercadorias dos setores com maior dinamismo econômico, principalmente indústrias metal mecânica (automóveis, tratores, máquinas, equipamentos), e a química, notadamente o petróleo que, em substituição ao carvão, incorporou cada vez mais participação na matriz energética desses países. Entre eles se saíram consagrados Alemanha e Japão, em maior grau, devido ao grande aumento dos investimentos e das exportações realizadas, além de, em menor grau, Itália, França e países do norte europeu.

O processo teve início com Plano Marshall (1947), quando os padrões de consumo do wellfare state difundiram-se mundialmente. Foi após as desvalorizações das moedas dos países capitalistas centrais em 1949, no entanto, que a demanda agregada mundial ganhou força para estimular o aumento do investimento e da produtividade na indústria de transformação. Assim foi que o efeito multiplicador do setor de bens de capital espalhou-se aos outros setores dessas economias e impulsionou o "círculo virtuoso cumulativo", descrito por Kaldor e Fajnzylber, nos vinte anos subseqüentes. A economia mundial desacelerou-se a partir de 1969, quatro anos antes do choque do petróleo que intensificou as tendências geradas anteriormente, e ficou marcada, entre outros, pelo aumento do endividamento das famílias, empresas e governos nacionais, além do processo de pressão inflacionária internacional.

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