SCHUMPETER, J. A. A Teoria do Desenvolvimento Econômico. Abril
Cultural, São Paulo, 1982. Cap. II.
Fundamentalmente
distinta à tendência de que um sistema social siga em direção ao estado "estático"
postulado pela doutrina econômica tradicional, que traz consigo uma sanção
social ou divina moldada por hábitos e convenções com vistas a satisfazer
certas necessidades do meio ambiente, o fenômeno do desenvolvimento econômico decorre
necessariamente das perturbações causadas pelos elementos "dinâmicos"
ao "fluxo circular" do equilíbrio racional.
De acordo com Schumpeter, "o Fenômeno Fundamental
do Desenvolvimento Econômico", nome que levou o referido capítulo dessa
obra de sua autoria, corresponde aos fenômenos das mudanças produtivas "revolucionárias"
na vida econômica de uma sociedade. Não se trata das mudanças feitas na calibragem
dos fatores de produção (função de produção) como dados, mas das verdadeiras inovações
nas técnicas produtivas em uso e dos aperfeiçoamentos nos processos costumeiramente
realizados, estes que são incapazes de enquadrar-se à maneira tradicional de
fazer as coisas. Trata-se mudanças espontâneas induzidas pelo agente ofertante.
Como mencionou o autor, via de regra, é o produtor quem inicia a mudança econômica,
enquanto os consumidores são, por assim dizer, "ensinados a querer coisas
novas, ou coisas que diferem em um aspecto ou outro daquelas que tinham o hábito
de usar".
Apoiado na necessidade de inovações constantes, o crédito
torna-se fundamental para o desenvolvimento econômico, sendo ele o meio de
agrupar os recursos necessários à realização dos aperfeiçoamentos produtivos. Denominadas
pelo autor de "empreendimentos", essas mudanças são realizadas, por
sua vez, pela figura do "empresário", um perito técnico que não
necessariamente o próprio capitalista, cuja função essencial é "levar a
cabo as novas combinações", ou seja, ser a força motriz desse processo,
comutando o seu papel com a do administrado "marshaliano", mas
diferenciando-se desse, ao mesmo tempo, ao passo que segue em direção às novas
descobertas.
Confrontando-se com as suposições fictícias pronta e racionalmente
adotadas pela doutrina habitual, a vida econômica é levada, então, a descobrir novas
possibilidades de conhecimento, em que cada passo fora da rotina diária
encontra certas dificuldades, bem como um elemento novo de inovação, entendido
sob o formato de "liderança". Em que pese à figura do líder, diferente
daquela do líder empresarial, sua função será "assumir coisas [novas]",
inovadoras.
Do ponto de vista de Schumpeter, o desenvolvimento econômico
é baseado, finalmente, no desejo de caráter essencialmente não hedonista que o líder tem em inovar,
antes mesmo de promover a mudança, mas tudo isso desde que esteja disposto a enfrenta as seguintes dificuldades: a incerteza sobre os
dados para a tomada de decisões e regras de conduta que geralmente são conhecidas;
a psique subconsciente de relutar automaticamente em adotar um novo método ou
ponto de vista em relação aquilo que é conhecido e testado pela experiência e;
a reação do meio ambiente social ante um desvio de costume daquele que deseja
fazer o novo.
Qual é a ligação existente entre o desenvolvimento econômico
dinâmico apontado por Schumpeter e aquele ligado à
ruptura das desigualdades e desequilíbrios regionais?
Você escreve mal :) há muitos erros de ortografia.
ResponderExcluirDeve ter esquecido de utilizar o corretor ortográfico.
ResponderExcluirO desenvolvimento econômico dinâmico depende bastante da competitividade do mercado, ou seja, quanto mais competitivo for o mercado mais inovações ele terá.
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