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17 de set. de 2012

Resenha de "AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA DE 1815 À ATUALIDADE" - Segunda Parte

FOHLEN, C. América anglo-saxônica de 1815 à atualidade. São Paulo: Pioneira, 1980, segunda parte



A leitura do trecho selecionado da obra de Fohlen garante ao leitor pouco familiarizado com a história norte-americana um entendimento simples, porém relativamente abrangente, sobre a formação econômica dos EUA e do Canadá, contados a partir de meados do século XVIII, com destaque à independência das treze colônias que formaram a República americana (1783), até a eclosão do crack da Bolsa de Nova York em 1929.

De fácil e rápida leitura, a obra chama a atenção por sua objetividade no que diz respeito aos acontecimentos e conflitos de interesses que marcaram a divisão dos territórios e a estruturação das sociedades anglo-saxônicas tanto dos EUA como do Canadá, sobretudo a partir de 1815, quanto a incorporação do maquinário britânico (navegação a vapor e trens) gerou novo impulso à colonização dos territórios a Oeste dos Grandes Lagos.

Com a construção de canais e estradas de ferro não só foi possível aos EUA expandir seu território às terras do Oeste, como também escoar sua produção do interior do país aos portos do Leste, possibilitando-lhe também transformar sua economia, anteriormente agrária, em uma vasta economia de mercados comercialmente protegida pela declaração Monroe (1823), que representou um século de isolamento comercial dos EUA frente aos concorrentes europeus.

O regime liberal e capitalista se empunha a medida que as trails cortavam todo o território norte-americano e garantiam as bases para a Idade de Ouro, entre os anos 1860 e o final do século XIX. Tal fenômeno levou à divisão do trabalho entre uns poucos robber barons donos dos grandes trustes setoriais da época e uma massa de mão de obra barata que emigrava às milhares da Europa aos EUA estimuladas pelas melhores condições de trabalho que aí poderiam encontrar.

Em 1905 os EUA já eram considerados uma grande potência do Ocidente sendo capaz de intervir militarmente, culturalmente e economicamente em qualquer país onde houvesse interesse em assegurar as vendas com rendimentos positivos aos seus investidores. Do imperialismo ao reformismo que teve lugar nas primeiras décadas do século XX, os EUA passam por uma nova fase de Ouro na década de 1920, após sair como maior credor líquido do pós I Guerra Mundial. Sem aumentar o número de operários, mas, sua produtividade, o ano 1929 é marcado pelo crack da Bolsa de Nova York.

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