CAFAGNA, L. La revolución industrial en Italia
1830-1914, in
CIPOLLA, C. Historia Económica de Europa: primera parte. Barcelona:
Ariel, v. 4, 1987.
Àqueles deslumbrados com a história da industrialização inglesa,
alemã e, inclusive a americana, torna-se um pouco difícil assinalar grandes
êxitos ao desenvolvimento e formação da economia capitalista italiana após a
leitura desse texto de Cafgna, com exceção ao "triângulo industrial"
formado pelas três regiões do noroeste – Milão, Turín e Gênova –, que entre
elas pareciam formar um país quase que autônomo e desvinculado, durante
praticamente todo esse período, das demais regiões do sul da Itália. Desde o
início da sua industrialização, marcada originalmente por inovações tecnológicas
para manuseio do seu principal produto de exportação à época, principalmente a
seda, a economia italiana era composta por uma estrutura produtiva formada pela
presença de pequenos empresários progressistas e empreendedores, que vinham
sendo influenciados pela visão de mundo de alemães e ingleses, e uma massa de trabalhadores
condicionados pelo putting out system, ou oferta de mão de obra barata
recrutada nas zonas agrícolas pobres.
Sem praticamente nenhum impulso para o desenvolvimento da indústria de bens de capital, com forte razão à baixa força motriz disponível no país, a Itália se ancorou por muitos anos na dependência do seu sistema de câmbio livre para promover o desenvolvimento, já que o sistema ferroviário ali construído pouco impacto desempenhou sobre suas atividades industriais. Apenas em 1870, com o fim da Guerra Franco-Prussiana, é que investimentos começaram a ser alocados em maior quantia em outros setores que não somente o têxtil, como o ferro e a maquinaria de baixa intensidade tecnológica. Sem êxito, as décadas seguintes acompanharam a emigração ultramarina de grande contingente populacional. A Itália saiu favorecida com isso, posteriormente, devido à parte dos salários que os estrangeiros enviavam de volta a seus parentes no país e que permitiu, em meados do século XX (1885), o seu segundo grande impulso industrial. Amparada na introdução da energia hidrelétrica em substituição ao carvão, o país pôde finalmente instalar sua indústria pesada. A maior parte dos investimentos foi, porém, para produção de equipamentos de pequeno porte, com os quais a Itália se consagrou, a exemplo da máquina de escrever Olivetti, e da produção dos bens de consumo duráveis, como as bicicletas e os automóveis.
Sem praticamente nenhum impulso para o desenvolvimento da indústria de bens de capital, com forte razão à baixa força motriz disponível no país, a Itália se ancorou por muitos anos na dependência do seu sistema de câmbio livre para promover o desenvolvimento, já que o sistema ferroviário ali construído pouco impacto desempenhou sobre suas atividades industriais. Apenas em 1870, com o fim da Guerra Franco-Prussiana, é que investimentos começaram a ser alocados em maior quantia em outros setores que não somente o têxtil, como o ferro e a maquinaria de baixa intensidade tecnológica. Sem êxito, as décadas seguintes acompanharam a emigração ultramarina de grande contingente populacional. A Itália saiu favorecida com isso, posteriormente, devido à parte dos salários que os estrangeiros enviavam de volta a seus parentes no país e que permitiu, em meados do século XX (1885), o seu segundo grande impulso industrial. Amparada na introdução da energia hidrelétrica em substituição ao carvão, o país pôde finalmente instalar sua indústria pesada. A maior parte dos investimentos foi, porém, para produção de equipamentos de pequeno porte, com os quais a Itália se consagrou, a exemplo da máquina de escrever Olivetti, e da produção dos bens de consumo duráveis, como as bicicletas e os automóveis.
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